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Nude

Rasgam-se a roupa que fingiu ser sua coberta. Aberta agora num caminho que não lhe cabe, Segue a antiga criança que brinca seus jogos já entregues ao marasmo. Tira-se o afago que a consumia, E segue inquieta na vida desconhecida. Se dissipando dos rostos vazios em fronte, Reza pela a sorte que a vinde. Nada se segue no movimento inerte. E de sombras e partes vai se juntando em um monte, clamando a caridade dos fortes.

Lembro-me bem

Minha esperança prevalece ao pé do ouvido e nas memórias frutíferas que desciam em palavras fulminantes. Beije-me como nunca que em retribuição dou-lhe a felicidade eterna. Recebe minha prata em uma bandeja de coração, pois perto de você meu nexo vira desconexo. Toque minha vida através da alma, pois só você me faz sentir o inexplicável atrito de céu e inferno sem que queira qualquer purificação. Sou a aldeã presa no clero. O rato fugido do gato. O tolo em terra de doce. Sou a criança que nunca degustou o sabor da verdade. O sorriso da dúvida, da pegadinha do "o que é, o que é". A amargurada e desajeitada que implora atenção. No meio de tantas luzes, o fosco é o que me ilumina. Não digo que sinto saudades, mas sinto o cheio que ocupou dentro do vociferante ser que se formou em mim.

Pequena-grande rotina

O sonho traz a esperança eterna, da união sincera do beijo ardente, totalmente inconsequente da mão aconchegante, que chega em poucos instantes do riso, do olhar, do rosto, do nervoso... Corpos entrelaçados, gemidos de prazer, a escuridão nos consome e o dia nos faz nascer. Com um beijo te desperto, em seus peitos me encosto, na quentura do momento, nossas pernas se enroscam. Com a água corrida vai-se o velho amor e como a fênix renasce outro, limpo, com um novo, e total ardor.

Yes, I can

Discordando das concordâncias, sigo eu Sonhando com um destino que talvez até eu duvide Rezando o oposto do que me é imposto Jogando fora o certo e vivendo na incerteza Queria ao menos uma vez estar certa Dançar a dança dos vitoriosos Impor o que me vale como certeza Saber que com a minha concordância, eu mato o destino!

DO MEU JEITINHO

Eu faço uma poesia barata Daquelas taradas e sedentas Se não conhece não venha me perguntar.. ..aonde mesmo que o passarinho cantará?

Quebra

Surgiu sem alardes, sem necessidade de apresentação, e assim foi por dias a fio, eu, você e nossa falta de importância. Nos vemos, olho a olho, e nos gostamos, e nos bicamos. Na linha tênue entre amor e ódio nenhum dos dois venceu. E fomos rindo, e fomos cantando os sonhos. Vi a raiva de cada manhã as lágrimas que involuntariamente escorrem do meu rosto. No "enfim" nada nos coube.

Neura

Já amei desamando, Já fingi amor por mil vezes só para me distrair, Já te distrai rindo do nosso amor, e já te amei negando o mesmo. Eu não preciso dizer que te amo mil vezes para que isso se torne realidade. A quantidade é falsa, já que a verdade não se mede.